Os planos administrados pela Viva Previdência registraram retorno positivo no primeiro semestre deste ano. O resultado mostra o acerto da nova política de investimentos, iniciada no segundo semestre, quando a Viva iniciou um processo de diversificação da carteira de ativos, introduzindo novas alternativas para os mais de R$ 3,1 bilhões de patrimônio administrado.
“Com a mudança na estratégia de investimentos, a Viva esta mais preparada para os novos desafios da conjuntura econômica. A diversificação em novas alternativas de investimentos contribui para melhorar a rentabilidade de ativos que antes não faziam parte da composição da carteira e para reduzir a volatilidade como o todo”, avalia Adriano Suzarte, gerente de investimentos da entidade.
O Plano Viva Pecúlio, o mais antigo da fundação, registrou no 1º semestre rendimento de 3,15%, equivalente a 248,07% CDI. O Plano Viva Futuro, o mais jovem da fundação, obteve no mesmo período um retorno de 2,62%, correspondente a 206% do CDI. Já, o Plano Viva Empresarial teve uma variação positiva no 1º semestre de 1,93%, equivalente a 152% do CDI.
Como parte da nova estratégia de investimentos, foram introduzidas novas classes de ativos e, desde o mês de abril, além dos segmentos de renda fixa, renda variável e estruturado (FIP), foram realizadas alocações nos segmentos estruturado multimercado (FIM) e exterior.
O desempenho vem com a chancela de uma entidade que possuiu o selo de Autorregulação em Governança de Investimentos pelo sistema Abrapp, Sindapp e ICSS, obtido em dezembro de 2020. “O selo e os resultados consistentes atingidos pela Viva são diferenciais que possuímos para viabilizar transferências de planos já constituídos para a entidade, além de apoiar a captação de novos participantes para os nossos planos”, avalia Adriano Suzarte, gerente de investimentos da entidade.
A Viva Previdência administra o Viva Empresarial, plano multipatrocinado, que, desde a sua implantação, em 2005, vem apresentando resultados positivos e consistentes. A rentabilidade da carteira de investimentos do Viva Empresarial, até o primeiro semestre de 2021, é destacada, perfazendo 461,84% de ganhos de 2005 a junho de 2021, equivalentes a 125,62% do CDI no período.
Ao longo desse período, a Viva superou todas as crises econômicas com uma carteira de investimentos diversificada e com ativos de boa qualidade.
É válido comparar a rentabilidade do Viva Empresarial com os ganhos da poupança neste mesmo período, que foi de 160,17%. Ou seja, os recursos dos participantes do Viva Empresarial renderam quase três vezes mais que a poupança. Um exemplo: quem investiu no Viva Empresarial R$ 1.000,00 em 2005, hoje tem R$ 5.687,10, enquanto na poupança teria R$ 2.601,70.
O modelo da Viva dispõe de um regulamento em vigor, que pode ser adaptado para situações específicas, possibilitando estruturas de contribuições que atendam às necessidades de cada patrocinador. Permite também a customização de soluções para transferências de planos de outras entidades, abrangendo o desenho do plano, a estrutura de contribuições, as políticas de investimentos e os gestores de ativos. Dessa forma, preserva a identidade do plano junto aos participantes e assegura total alinhamento às diretrizes estratégicas da patrocinadora cliente.
O processo de transferência de gerenciamento do Plano ANAPARprev para a Viva Previdência, foi concluído com sucesso. A operação do plano começou no dia 30 de abril, após um trabalho intenso de negociações, aprovações, migrações de dados e alinhamento de processos operacionais e de relacionamento com participantes. Agora, a Viva é responsável pela gestão de um patrimônio adicional de cerca de R$ 600 milhões, totalizando mais de R$ 3 bilhões em recursos sob gestão.
“Concluímos um projeto que posiciona a Viva como um parceiro importante para aqueles que estão buscando alternativas seguras e rentáveis à sua gestão. Além disso, abrimos uma perspectiva importante para nosso crescimento dentro da própria base da ANAPARprev”, avalia Silas Devai Jr., diretor-presidente da Viva Previdência.
O Plano ANAPARprev, antes sob a administração da Petros, é vinculado a cinco instituidores, conta mais de 3 mil participantes, dos quais 79% ativos e 21% assistidos em recebimento de benefício. Agora, a Viva passa a ter total responsabilidade sobre todos os processos de tratamento e manutenção de cadastro, arrecadação e pagamento de benefícios e gestão dos investimentos.
As negociações para a transferência do Plano ANAPARprev foram iniciadas em fevereiro de 2019, dando início à construção de um minucioso processo de transferência de gerenciamento, aprovado sem ressalvas em novembro de 2020 pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), atestando a qualidade técnica do time que liderou esse processo de grande complexidade.
A partir da aprovação, foram cinco meses de trabalho entre Petros e Viva, voltados à agenda operacional. Para receber os novos participantes, foi organizado um plano de trabalho minucioso, que contou com a criação de uma landing page exclusiva para o ANAPARprev, para apresentar todos os detalhes sobre a nova gestão do plano, além de um tutorial de navegação pelo site da Viva e um caderno com perguntas e respostas sobre como será conduzido o atendimento e serviços nessa fase inicial de transição para a Viva Previdência.
A transferência do Plano ANAPARprev é o primeiro resultado concreto do novo posicionamento estratégico da entidade definido em 2019, pautado no fortalecimento da marca junto aos seus públicos de interesse, estímulo a processos de transferência de gerenciamento e melhoria contínua de seus processos de gestão. Reforça esse direcionamento a busca de parcerias estratégicas complementares à proposta de valor da entidade, como foi o caso da Órama Investimentos, cuja parceria permite que os participantes da Viva possam acessar produtos como renda fixa, tesouro direto, renda variável e fundos, além do plano de previdência.
Com o slogan “mais tranquilidade para você e para quem você ama”, o Viva Futuro, o plano família da Viva, foi lançado em meados de 2019 e conta com mais de 1.500 participantes. O formato flexível e moderno do plano certifica o seu principal objetivo: atender aos familiares dos demais participantes da Viva e de outras entidades que pretendem oferecer esse benefício e buscam uma solução completa de gestão, simples de implantar e com acesso a uma estrutura especializada.
O plano é a oportunidade para quem ainda não tem previdência complementar aproveitar as vantagens de um plano administrado por uma entidade sem fins lucrativos. O Viva Futuro estimula o planejamento de longo prazo e mostra a importância da previdência complementar como um projeto de vida.
Para aderir ao Viva Futuro, não existe limite de idade. O participante define quanto pode investir mensalmente, além de escolher quando irá receber o seu benefício (a partir de 18 anos). Trata-se de um plano instituído, que iniciou sua operação com a adesão de dois instituidores, a Associação Nacional dos Participantes dos Planos de Previdência da Fundação Viva (Anviva) e a Associação Nacional dos Empregados da Geap (Anesg). Em seguida, a Associação Nacional dos Procuradores e Advogados Públicos Federais (Anpprev) e a própria Fundação Viva de Previdência se tornaram também instituidoras do plano.
Para saber mais sobre o Viva Futuro, acesse: https://vivaprev.com.br/viva-futuro/
Carlos Alberto de Sousa, nosso gerente administrativo e financeiro, é um exemplo das adaptações que fizemos na gestão, para conviver com os desafios nesses momentos difíceis. Primeiro, ele foi contratado durante o período mais agudo da pandemia, seguindo um processo que ocorreu somente em plataformas online. Reunião presencial mesmo só aconteceu quando veio à nossa sede, em Brasília, por questões burocráticas. Carlos é de São Paulo, onde manterá sua residência. Graças à política de teletrabalho, suas idas à Brasília são pontuais.
De São Paulo, ele liderou um projeto transformador de repaginação da nossa sede, que passou a ocupar metade do espaço, adaptando o layout para uma nova fase de ocupação. O projeto seguiu o conceito de coworking, com áreas organizados em estações de trabalho, salas para reuniões e áreas de convivência. “Essa foi uma opção permanente, por entendermos que, independentemente da pandemia, não é necessário a presença física de todos os colaboradores para o exercício das suas atividades”, diz Carlos.
Com o home office, a Viva busca assegurar as condições para que todos os colaboradores exerçam suas atividades de forma saudável e equilibrada.
Além das mudanças físicas do modelo de negócios, a entidade está investindo em capacitação contínua para dos colaboradores. Até junho, mais de 60% do quadro participou do curso formação executiva em digital business, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), modulado especialmente para a Viva. A capacitação trabalha conceitos sobre as tendências do mundo digital no mercado e propicia uma reflexão sobre as opções que podem ser exploradas no negócio. Essa experiência é a prova do que está acontecendo na Fundação Viva: uma transformação de dentro para fora.
A educação financeira no Brasil precisa ser mais proativa e buscar o momento certo para a divulgação de temas que envolvam a preocupação com a poupança, investimentos e com a aposentadoria. A opinião é de um dos grandes especialistas no tema, o economista pela Universidade de São Paulo (USP), Aquiles Mosca, mestre em administração pelo Insead (Instituto Europeu de Administração de Empresas) da França e autor dos livros “Investimento sob Medida” e “Finanças Comportamentais”.
“As informações sobre investimentos pessoais e preocupação com a poupança são perecíveis. A discussão precisa ser trazida no momento em que a população mais precisa ouvir”, diz Mosca, que atualmente compõe o time do BNP Paribas Asset Management e que desde 2013 preside o Comitê de Educação a Investidores da Anbima.
Para ele, a educação financeira tem que ser “just in time”. Aproveitar, por exemplo, o início do ano, em janeiro e fevereiro, no momento de compromissos fixos do calendário orçamentário familiar, com IPTU, IPVA, material escolar etc. “É neste momento que seria importante essas dicas de gestão de orçamento”, reforça. As pesquisas da FGV mostram que nessas ocasiões a população retém 70% a 80% do conteúdo divulgado.
Em entrevista à Viva, Fatos & Opiniões, o economista lembra que a educação financeira, ainda mais para o brasileiro, um dos povos que menos poupa no mundo, precisa começar na escola, no ensino médio e fundamental. “já vemos algumas luzes no final do túnel. Em várias escolas, o tema começa a ser tratado, e não apenas na disciplina de matemática, mas também em história e português, já que se trata também de uma ciência de humanas e não apenas de exatas. Mas falta ainda uma campanha de conscientização para mostrar ao brasileiro a importância da poupança”, observa Mosca.
Confira, agora, a entrevista com o economista.
Aquiles Mosca – Há um equívoco, atualmente, na forma como se chama a atenção para esses temas. O tema é perecível. É preciso discutir investimentos e poupança na hora em que o brasileiro precisa ouvir sobre isso. A educação financeira tem de ser “just in time”. Por exemplo, no começo do ano, em janeiro e fevereiro, é o momento do orçamento familiar, com dívidas com IPTU, IPVA, material escolar etc. É neste momento que essas dicas de gestão de orçamento seriam importantes. As pesquisas da FGV mostram que nessas ocasiões a população retém 70% a 80% do conteúdo divulgado.
AM - De fato, as instituições financeiras fazem isso, mas com um discurso errado. Fale-se apenas do benefício fiscal no imposto de renda. Não se vai ao cerne da questão, a importância de poupar para a aposentadoria. Para se ter uma ideia, hoje no Brasil, conforme dados da Anbima, só 3% dos aposentados têm 100% de recursos próprios para usar na aposentadoria. Quase metade depende da ajuda dos filhos para se manter e cerca de 25% precisam continuar trabalhando. O restante tem de baixar seu padrão de vida ao se aposentar, por não ter renda adequada. Ainda há uma concepção errada entre os brasileiros de que é função do Estado garantir a renda da população após a aposentadoria. Mais da metade das pessoas entre 40 e 49 anos no país afirma, na pesquisa, que não pensou no assunto da aposentadoria. Outra parcela expressiva acredita que terá uma vida melhor na velhice por conta da ajuda do governo.
AM – Os dados de outra pesquisa da Anbima são de que 62% dos brasileiros foram pegos na pandemia sem poupança para momentos de crise, alguns sem nada para emergências. Mas, na classe média e alta, que conseguiu manter o emprego e não tem falta de recursos, a pandemia estimulou o aumento da poupança. Como não tinha onde gastar, não está jantando fora ou viajando, está conseguindo guardar mais desses gastos variáveis. Ou seja, o lado positivo é que as pessoas, caso tomem uma decisão, são capazes de poupar mais. Há vários estudos feitos, inclusive por psicólogos, mostrando que situações traumáticas, como é o caso da pandemia, podem ser um indutor de mudança de comportamento.
AM – Há, nessa questão, um avanço no Brasil. Já vemos algumas luzes no final do túnel. Em várias escolas, o tema começa a ser tratado, e não apenas na disciplina de matemática, mas também em história e português, já que se trata também de uma ciência de humanas e não apenas de exatas. Em história, pode-se discutir, por exemplo, a questão do endividamento do país. Mas acho que falta ainda uma campanha de conscientização no Brasil sobre a importância de poupar, como é feito nos EUA e em outros países. O brasileiro gasta muito em bens de consumo, como troca de geladeiras e de tvs, e se preocupa pouco em poupar para faculdade, compra de imóveis e saúde, como faz o norte-americano. É uma questão cultural. O chinês, por exemplo, poupa 50% de sua renda. Na América Latina, o Chile tem a maior taxa de poupança e uma educação financeira fortíssima. Aqui no Brasil, há um tabu nas famílias em falar de dinheiro. É um dos assuntos mais evitados numa reunião entre os parentes.