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Educando com a mesada

Quando o assunto é a educação dos filhos, nunca dá para brincar.

Além das boas maneiras, dos hábitos de higiene e dos conselhos morais e éticos para que os pequenos conduzam suas vidas de forma adequada, cresce a cada dia uma nova preocupação na mente dos pais conscientes: educação financeira também e fundamental.

E não é para menos que eles pensem assim.

Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) em 2021, há uma grande diferença de conhecimento financeiro entre crianças de maior poder aquisitivo em comparação com outras de renda inferior. O dado, que evidencia uma justificativa para a situação arrebatadora de endividamento dos brasileiros, coloca o Brasil como o quinto país que educa menos as crianças financeiramente no Ocidente.

Em países como Austrália, Estados Unidos e Suíça, por exemplo, a educação financeira é matéria obrigatória desde o ensino básico.

A Finlândia, país modelo na aplicação da matéria, concede ensino básico de educação financeira desde a alfabetização.

Por outro lado, enquanto países investem no desenvolvimento da habilidade, o Brasil evidencia um dado de completo analfabetismo financeiro geral: dentre a população do país, somente 32% dos brasileiros têm pelo menos uma aplicação financeira, conforme demonstrou um estudo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Incentivo ao desenvolvimento do país

Muito mais do que orientadora, a educação financeira pode determinar o futuro financeiro de um país: uma população que se educa financeiramente deve menos e impulsiona mais a economia.

Ao passo que as gerações progridem, o acesso digital e o turbilhão de informações cada vez mais acessíveis vêm mudando a conduta de pais que procuram formas de garantir a segurança financeira de seus filhos pelo modo mais seguro que existe: a educação.

Eles instituem mesadas, abordam o tema das finanças de forma explícita e incentivam seus filhos a participarem da rotina financeira da casa e a controlarem suas próprias finanças.

Para Leonardo Rocha, publicitário e empresário de 40 anos, a educação financeira deve ser natural, começar desde cedo e o dinheiro deve ser sempre conquistado com base nos preceitos da meritocracia.

Pai de Arthur Rocha, de 10 anos, e de Eduarda Rocha, de 6 anos, ele acredita que a educação financeira deve ser aplicada na rotina dos filhos sempre que possível: “Aqui em casa, a gente sempre conversou muito com os nossos filhos sobre dinheiro, trabalho e investimentos. Instituímos que eles não receberiam mesadas e nem ganhariam as coisas sem ter o mérito para recebê-las. Então, sempre estimulamos que eles façam algo para poderem conquistar o dinheiro. Acreditamos muito nessas palavras: conquistar e merecer para que eles obtenham o que desejam”, disse ele.

Leonardo também defende que as crianças organizem por elas mesmas suas finanças. Quando perguntado se o esquema realmente funciona, ele alegou, entre risos, que sempre que o dinheiro recebido para o lanche escolar parece que não vai dar, ele recomenda que o filho coma alimentos mais baratos na escola.

Parece brincadeira, mas, aos 10 anos de idade o pequeno Arthur já recebe em um único montante todo o dinheiro do lanche da escola por uma semana, mais as bonificações colhidas por meio de sua disciplina.

“O Arthur começou a lidar com dinheiro quando tinha uns 6 anos de idade”, diz o pai Leonardo, repleto de orgulho e se preparando para iniciar o processo com Eduarda, que aos 6 anos já guarda um bom dinheiro que ganha dos pais e dos avós.

“O Arthur é muito lógico e já fazia bem as contas aos 6 anos, sempre pedia as moedas que sobravam de troco e juntava a grana dele. Um dia, entramos em uma loja de brinquedos e lá tinha um quadro de tarefas com os dias da semana.

Os pais podiam colocar ali uma rotina para a criança e dar estrelinhas para as tarefas que ela completou. Como o Arthur nunca foi muito de esportes, instituímos que se ele fosse assíduo nas atividades físicas, arrumasse o quarto dele e cumprisse com as tarefas escolares, ele seria bonificado mensalmente e cada estrelinha completa que ele ganhasse, valeria 5 reais. Foi assim que iniciamos a vida financeira dele”.

Arthur e Leonardo

Provando a premissa moderna de que as pessoas podem desenvolver importantes habilidades ainda na infância, Arthur já administra seu próprio dinheiro até mesmo para realizar seus desejos de consumo.

Quando perguntado se seu filho economiza o próprio dinheiro, Leonardo afirma que Arthur já é inclusive um visionário: “ele vende algumas coisas dele que não usa mais para os amigos ou na internet (cartas pokémon, brinquedos, jogos de vídeo game e o que ele arrumar para negociar) para comprar outras.

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Estímulo por notas boas gera retorno financeiro

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Estímulo por notas boas gera retorno financeiro

A forma de introduzir a educação financeira varia para cada família. No caso do publicitário Leonardo Rocha, a ideia foi unir um bom desempenho escolar a um merecimento traduzido em reais. O filho Arthur ganha dinheiro por ir bem nas provas. “Fizemos o seguinte: para as notas acima de 8 no bimestre, ele ganha 10 reais”, conta o pai.
Quando questionado se as notas não seriam uma obrigação de Arthur, Leonardo foi categórico: “ele precisava de estímulo”.
Transferido de uma escola para outra por seus pais, que estavam em busca de melhores condições de ensino, Arthur sentiu o peso de uma rotina escolar muito mais intensa e precisou ser incentivado. Presumivelmente, o estímulo financeiro rendeu resultados no desempenho escolar do jovem estudante. Além de conquistar as notas maiores, ele passou a buscar desenvolvimento absoluto.“Com o tempo, passamos a bonificar mais do que as notas acima de 8 pontos. Notas nessa média passaram a valer R$10 e notas 10 rendem o dobro”, ressalta Leonardo, orgulhoso de seu filho.
Quando perguntado se todos esses incríveis preceitos financeiros foram advindos de sua educação na infância e juventude, Leonardo foi categórico: “Meus pais não receberam educação financeira dos meus avós e também não se preocuparam em se orientar.”

Arthur e Leonardo

Virando o jogo
Tendo passado por uma grave situação de endividamento aos 23 anos, Leonardo decidiu virar o jogo. Instruiu-se financeiramente por meio de cursos e consultorias e hoje ensina seus filhos a trilharem o caminho da educação financeira desde cedo: “o dinheiro conquistado por nossos filhos é deles e a mãe dele e eu não interferimos. Eu quero que eles entendam a responsabilidade e as consequências do bom ou mau uso do dinheiro.”
Apesar de extremamente desenvolvido nos conceitos financeiros, Arthur ainda não tem uma conta bancária.
“Eu pessoalmente acredito que o mais importante neste momento é ele mexer no dinheiro, entender as quantidades, ter à mão, ver o volume, fazer a contabilidade e ter noção do dinheiro real. Quero que ele aprenda a controlar esse dinheiro e a guardá-lo. Acredito que um extrato bancário não traga experiência para uma criança de 10 anos, por prejudicar o sentimento de pertencimento”, pontua Leonardo.

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De olho na Educação Financeira: Conheça o curso de planejamento da aposentadoria da FGV

Conhecida por sua ampla gama de cursos gratuitos, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) é pioneira em educação à distância em várias esferas e graus no Brasil.

No Bloco de estudo “Como Planejar a Aposentadoria”, a Fundação propõe um método didático de 10 horas/aula, para orientar interessados a organizarem-se financeiramente para uma vida tranquila.

Na proposta, estão incluídas:

Noções sobre a importância do planejamento prévio para o fim dos anos laborais;
Manejo de técnicas e conhecimentos para que você organize o planejamento de sua aposentadoria de forma pessoal e dinâmica.
O curso exige apenas que os interessados tenham mais de 18 anos de idade e está à disposição no site da FGV.

Inscreva-se clicando aqui.

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Programa Aprender Valor incentiva aprendizado de educação financeira nas escolas

Com o objetivo de proporcionar educação financeira a alunos da rede pública de ensino, o Programa Aprender Valor tem criado alicerces para educar gerações mais conscientes sobre as finanças.

No momento previsto para implantação restrita a alunos do ensino fundamental, o programa caminha para funcionar plenamente através da capacitação de professores das Secretarias de Educação (SEE) por todo o Brasil.

Dentre as principais características didáticas do programa, estão o foco em planejamento financeiro, conteúdos de habilidades matemáticas, noções de poupança, controle e uso responsável de crédito e noções básicas de língua portuguesa e ciências humanas.

Alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o roteiro dos conteúdos passará por validação e instrução de gestores e professores para, por fim, ser inserido na grade curricular.

Inscrições para profissionais das Secretarias Educacionais já estão disponíveis pelo Brasil para assegurar a capacitação de educadores aptos a ministrar a nova matéria.